segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MEDO


Está escuro e você está sozinho em casa. Além do barulho da Tv ligada,nada mais provoca ruído algum. Então, você ouve a porta da frente batendo. Sua respiração acelera. Seu coração dispara. Seus músculos enrijecem. Um nó na garganta. Um segundo depois, você percebe que não tem ninguém tentando entrar em sua casa. Era apenas o vento.

Agora imaginem outra situação...

Você está se preparando para uma viagem com os amigos. Uma amiga te diz que está com um pressentimento ruim. Seu amigo, sempre tão alegre, diz que de repente bateu aquela tristeza. O motorista, seu amigo também, está descontrolado.E você? Começa a acreditar que algo de ruim vai acontecer. Uma hora e meia depois, você chega em casa. São e salvo. Era coisa da sua cabeça.

Mas nestas duas situações, por meio segundo ou por uma hora e meia, você sentiu tanto medo que reagiu como se sua vida estivesse em perigo.

" O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo." (Wikipédia)

O medo físico (aquele que a gente sente da barata, da cobra, do sapo), acredito eu, não ser tão assustador quanto o medo psicológico.
É quase um pânico.
A gente fica sem reação.
Começa a imaginar coisas.
Não sabe como agir.
Não dá pra correr. Ou você enfrenta, ou você enfrenta.
E quem disse que só criança sente medo, tá muito enganado.

Quanto mais a gente vive, mais hitórias a gente ouve. Mais medo a gente sente.


Medo das pessoas. Das situações. Do desconhecido.

É isso o que eu sinto.
Não estou louca, nem nada assim. Isso às vezes acontece.
E é simples assim...


" Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação." (Clarice Lispector)


Li

;)