terça-feira, 12 de julho de 2011

Assombro.

O amor assusta porque ao nascer já anuncia: posso acabar. Pior: o amor do outro pode acabar. Ou nada disso: pode a vida e o dia e as horas serem mais fortes que qualquer impulso, e o que era um-mais-um torna-se um a um. E o que resta é cada um levando como pode o que pulsa em si.
O amor é ter a perder.

Ou não ter nada. É tudo e todo o medo e todos os perigos. Ou nada e paz. Ou nada.

O amor que nasce é assustadoramente amor. O amor que segue sozinho é assustadoramente só. Não há meio-termo porque o que o amor quer é coragem, o amor quer entrega, o amor sempre quer. Nem sempre é harmonia, nem sempre delicadeza. Mas sempre amor. Até não mais. E isso demora.
É maior que nós, o amor. Faz sombra e assusta. Até que se veja dele o seu verdadeiro tamanho. A sombra do amor assusta. Até que se entenda que ela é sombra e só.


O amor nos pede a escolha: ser do tamanho do medo ou da coragem.
 
"E é no jogo bobo e repetido que vai se revelando: o que passa, o que vem para ficar, o que é só caminho, o que é lugar para morar."
 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Do meu novo mundo..

Porque antes eu tinha uma alma mansa, um sorriso pouco, uma esperança diminuta, uns olhos opacos.



E então tu apareceste com todas tuas mil cores, teus gestos bonitos, tua paz, teus beijos enlouquecidos, teus lábios ansiosos, teu corpo em brasa, tua delicadeza, tuas delícias, tua forma de amar.


E o meu planeta passou a ter umas pinceladas vermelhas e começou a se chamar "Amor".